domingo, 2 de agosto de 2009

Mínimo

Despedida do Roberto (parte II). "Farewell soccer match" na Margit Sziget: brasileiros vesus resto do mundo.

Praia dos húngaros: as margens acimentadas do Danúbio.

Brasileirada é pagode, ...

...pelada, capoeira e passes de rugby (?).


Antes de virmos embora ainda passamos no Gödör pra tomar a saideira. Aí já no caminho para a parada de ônibus, fomos reconhecidos através das camisetas que vestíamos por brasileiros recém-chegados que nos abordaram. Os três jogadores de futebol estão há duas semanas aqui e falam apenas português. (Eita coragem!). Enquanto dávamos algumas dicas, um mendigo se aproxima e começa a falar em húngaro.
-Bocs, nem beszélek magyarul... - já disparo logo.
-English? Deutcshe? - questiona o indigente trilíngue.
Indico o inglês e ele começa com aquela ladainha que é igual em qualquer canto do mundo. Mas diferente dos outros pedintes poliglotas que eu já tinha visto, esse não repete um texto pronto e decorado: começa a conversar com fluência espantosa, explicando que quer ajuda pra comprar comida, não alcool. Pede com educação, suplica. Diego se consterna e, abrindo uma exceção na sua política pessoal, puxa do bolso algum dinheiro que havia recebido de troco, o qual entrega ao homem.
-Isso? Como posso comprar comida com isso? - resmunga ele apontando as moedas sobre sua outra mão ainda aberta.
Fico atônito. Pasmo com a reclamação, Diego responde de pronto:
-Ah, é? Não gostou? Então devolve!
Relutante, o homem anda tenta argumentar, mas Diego está tão indignado que não dá margem alguma àquilo que ele diz.
-Me devolve! Anda, devolve!

Eu já tinha visto um bocado de coisas desse tipo, de argumentos dos mais absurdos pra pedir dinheiro até golpes mirabolantes, mas nunca vi mendigo com esmola mínima!

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