sábado, 25 de julho de 2009

Braşov, Romenia

Aquela passagem de trem me fitava todo dia de manhã. Tenho que confessar que o sentimento mais forte que eu tinha ao enxergá-la sobre a mesa era de arrependimento. Nunca fui de comprar coisas desse tipo por impulso e conhecer a Romênia, embora me despertasse interesse, não estava nos planos principais. Além disso, o fato de saber que ninguém iria me acompanhar pesava bastante.

Mas por outro lado eu 'tava a fim de me testar, ver se eu me virava bem sozinho numa trip dessas. Também queria experimentar o outro lado do CouchSurfing e de última hora consegui estadia. Além disso tinha um festival rolando lá, então tudo conspirava pra que esse fim de semana eu fosse conhecer a terra que inspirou Bram Stoker.

Nascer do sol na Transylvania visto do trem.

Bem-vindo ao leste europeu!

Prefeitura Municipal

Estátua de Rômulo e Remo.

Vampiros com graduação!

Nos guarda-sóis o slogan de Braşov: "provavelmente a melhor cidade do mundo". Que confiança, hein?

Strada Sforii, a mais estreita rua da Europa.


Go east!

Vista da cidade a partir da Torre Negra. Dá pra perceber a imponência da Black Church em meio aos outros prédios.


Portão da parte antiga da cidade.

Minha anfirtriã CSer: Anca.

Apresentações do Watumi Festival.


Vim pra Brasov com apenas uma intenção definida: visitar o Castelo de Bran, o castelo do conde Drácula. Por isso, acordei cedo pra ver um pouco mais da cidade e rumar pra lá.


Dentro da citadela.

Destilador caseiro, o cúmulo do DIY!




Rummikub, uma mistura de pif, dominó e xadrez. Jogo inventando durante o regime comunista por causa da proibição de jogos de cartas.

Esperando o ônibus na estação, qual não é minha surpresa ao passar por uma geladeira cheia de cervejas e ver uma marca um tanto familiar:
Mundo bizarro: Skol versão Romênia.

Montanhas dos Cárpatos (é aí que a gente vai acampar, Cleo!!)

Na entrada do castelo um lance no mínimo insólito. Gente do mundo inteiro na fila, os mais loucos idiomas. Atrás de mim dois asiáticos falavam alto e logo supus sua origem. Pra confirmar, me virei e perguntei de onde eram, aí veio a confirmação: China. Conversa vem, conversa vai e a já esperada "e você, de onde é?". Quando respondi, eles ficaram se olhando com cara de dúvida. Imaginei que fosse pelo fato de meu biotipo não condizer com esteriótipo físico brasileiro, o que sempre acontece. Mas não. A cara de dúvida era porque eles não sabiam que país era o Brasil. Me botei a explicar pros chinas qual era o meu país.
-Aquele grande na América do Sul!
-Brazil? Brazil?
Sem bons resultados, tive que apelar:
-Carnaval, futebol, Pelé!
E o frizo na testa dos caras cada vez maior. Já era uma questão de honra! Saquei meu celular e abri o NokiaMaps pra mostrar pra eles.
-Ooooooooo, Baxí!!!!
-Sim, sim, Baxí, Baxí... Seus comunistas alienados!

Castelo de Bran


Nos aposentos de Vlad, o Empalador.

Cheio de passagens secretas. Essa atravessa dois andares, leva do aposento principal à sala de música. Ótimo lugar pra claustrofóbicos...


Coroa do príncipe Vlad III.


Vista a partir do jardim.

Missão cumprida, hora de tomar o rumo da volta.



Balanço final: como das outras vezes, pouco tempo pra ver muita coisa. Mas dessa vez foi ainda pior. As cansativas viagens (11 horas para cada) e os longos inexplicáveis atrasos do trem tomaram um tempo precioso. Além disso, paguei o preço da minha impulsividade e falta de planejamento. Contudo, valeu a pena. Se não fosse desse jeito acho q não teria feito a trip. O saldo é uns carimbos no passaporte (finalmente!!) e mais uma palavra pra coleção: Noroc!

Mulţumesc, Romenia!

3 comentários:

  1. Oiii!
    Sexta de noite e estamos eu e a mãe aqui vendo teu blog.... mto afudê! adorei a foto da velhinha =)
    e a mãe, vendo tuas fotos com cabelo curto, comenta: "ai, q gatinho q ele ficou!" heheheh
    beijão, te cuida aí e keep in touch ;)

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  2. gente, fotos maravilhosas!
    ai que vontade de ir.
    ô coisa

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