terça-feira, 30 de junho de 2009

Residente e domiciliado

Finalmente consegui minha permissão de residência. Legítimo "brazilian way": deixar pro último minuto. Se espero mais um dia me torno imigrante ilegal!! Mas não foi tão culpa minha, minha buddy é que não se ligou das datas limite e tive alguns problemas com documentos relacionados à minha acomodação. Mas enfim, agora posso permanecer mais um tempo por aqui sem preocupações.


E até que foi bacana esperar três horas na sala de espera. Não, não estou febril, eu explico. Imagine a sorte de pessoas que tu pode ver num escritório de imigração. Aí depende de ti fazer a espera ser chata, sentado numa cadeira a reclamar da vida, ou interessante, conversando com teus vizinhos de infortúnio - um ganês e uma moldava - e descobrindo coisas inimagináveis sobre estes lugares que eu sequer sabia onde encontrar no mapa.

E cada vez percebo mais similaridades entre os húngaros e os brasileiros. Quando comentei sobre o lance de deixar pra última hora, meus colegas de trabalho responderam na hora que "esse é o jeito que as coisas funcionam na Hungria". Além disso, ouço repetidas reclamações sobre economia, corrupção, dizem que as coisas funcionam na base da propina ou apadrinhamento; aqui também eles têm o "jeitinho brasileiro", contudo não são tão inventivos. Acho que vou ter que viver um tempo em algum outro país pra ter uma terceira opinião e saber se essas são similaridades específicas nossas ou se todo o mundo é igual e a gente é que se acha diferente.

Ainda aproveitei pra finalmente fazer minha carteira de estudante. Taí uma coisa que no Brasil não serve pra nada, pelo menos no interior. Aqui, muitas coisas são pela metade do preço para estudantes, especialmente as relativas a transporte e acomodação. Passe de transporte para um mês cai de R$ 90 para R$ 35, por exemplo.

Na noite, fui novamente no Gödör. 'Tô virando mesmo fã do lugar. Uma banda muito foda 'tava tocando (Supersonic), mas a gente ficou do lado de fora numa roda de violão com uns russos que conhecemos no sábado, gente fina. Aliás, nunca vi tantas rodas de violão juntas, acho que tinha umas cinco no gramado que fica ao lado do bar.

Não 'tava muito a fim de ir na festa da Aiesec (será que fiquei traumatizado?), mas tinha combinado de encontrar Fredrik (sueco parceria r'n'r!) pra sua despedida. Era o encerramento de semestre do MC e eles fizeram toda uma encenação para a troca da presidência logo abaixo da estátua da liberdade. Bem legal, mas as melhores piadas eram em húngaro =|.


Depois rumamos pro Terasz onde de fato foi a festa. Pra terminar a noite de uma forma insólita, todos fomos enxotados do bar porque um esperto entrou com uma garrafa de champagne na camufla. Que classe, hein?!


Evi first class

Um comentário:

  1. mas alguém já adivinhou que tu estava sem cabelo, pq ali não aparece nada! hehehe

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