quarta-feira, 10 de junho de 2009

Recordes

Hoje li uma notícia sobre a recente queda da Selic e o ranking da taxa de juros reais no mundo. Fiquei surpreso quando vi que a Hungria está logo acima do Brasil, o qual ocupa o terceiro lugar na tabela. (A China, com toda sua hegemonia, está no topo!). Essa proximidade me despertou interesse, aí fui ler sobre a economia local e tentar aprender um pouco sobre o assunto.

Logo quando cheguei por aqui, reparei num quadro que fica na sala do apartamento onde moro com várias notas antigas. Achei bacana mas não dei muita bola; afinal, numismática é um hobby comum em todas as partes do mundo. Contudo, hoje entendi a importância histórica daquele quadro que tinha apenas cédulas de uma mesma moeda: o pengő. Pra resumir, no período após a segunda guerra, a inflação na Hungria chegou a alcançar 1.3×1016% ao mês (julho de 1946), o que quer dizer que os preços dobravam a cada 15 horas, chegou a existir uma nota de 100 sextilhões de pengő (100.000.000.000.000.000.000,00!!). Ambos os números são recordes mundiais que atualmente estão sendo ameaçados pelo Zimbabwe. (Dados da Wikipedia).

Atualmente, mesmo com essa taxa de juros alta, a Hungria tem uma economia sólida, tanto que está na União Européia desde 2005 e em contagem regressiva pra adotar o Euro (2013). Mas enfim, o tal quadro na sala está lá pra lembrar o quanto a vida pode ser realmente sofrida. No Brasil, acho que muitos nem se lembram que, antes do Real, a gente penava com 40% ao mês de inflação. A memória brasileira é tão fraca que já ouvi gente dizendo que sente falta da época do Collor e até da ditadura.

O que vale mais: Euro, Forint, Real ou Memória?


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